Uso de lorazepam em quadro de catatonia: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.24933/e-usf.v8i1.369Palavras-chave:
Lorazepam, Catatonia, Depressão, Saúde MentalResumo
A catatonia, uma condição caracterizada por anormalidades na fala, movimento e comportamento. Este artigo enfatiza a importância do diagnóstico diferencial entre catatonia maligna, transtornos depressivos e delirium. Trata-se de um caso de uso de Lorazepam para tratamento de catatonia secundária à depressão com sintomas psicóticos. Foi realizada inicialmente revisão bibliográfica na plataforma Pubmed e, por meio de acesso ao prontuário médico disponível, foi realizado o estudo do caso clínico com anotações para posterior correlação clínica com a literatura. A escolha do caso se deu devido a escassez de dados em literatura consagrada sobre o assunto. Para avaliação e classificação da catatonia, utilizou-se a Escala de Bush Francis adaptada para o português. O paciente recebeu tratamento com Lorazepam, Mirtazapina e Risperidona para abordar os sintomas depressivos e psicóticos. O Lorazepam é o medicamento mais investigado, administrado em doses que variam de 2 a 16 mg/dia, chegando a 3mg/dia no paciente em questão, tendo remitido de seus sintomas dentro de 30 dias. A duração da terapia varia desde a administração de apenas uma dose até o tratamento contínuo enquanto persistirem os sintomas catatônicos. A resposta positiva ao Lorazepam em baixas doses, auxiliou no diagnóstico de catatonia. Ressalta-se a necessidade de uma abordagem interdisciplinar e de tratamento personalizado para atender às necessidades individuais dos pacientes. Além disso, é fundamental o reconhecimento precoce e a intervenção ágil para evitar desfechos adversos associados à catatonia. Salienta-se a necessidade de futuras pesquisas e relatórios de casos para aprimorar a compreensão e o tratamento da catatonia.
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