INCIDÊNCIA DE INTOXICAÇÃO EXÓGENA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Abstract

RESUMO. Introdução: Intoxicação exógena pode ser definida como um conjunto de efeitos nocivos ao organismo produzidos pela interação de um ou mais agentes tóxicos com o sistema biológico, representados por manifestações clínicas ou laboratoriais que revelam desequilíbrio orgânico, pode ser um acidente ou uma tentativa deliberada de assassinato ou de suicídio. Objetivo: Caracterizar os dados sobre o número de internações por intoxicação exógena em uma unidade de terapia intensiva. Ainda, por meio da análise de prontuários, levantar dados sobre intoxicações de diferentes substâncias, medicamentosas ou não. Método: Foi realizado um levantamento de prontuários de pacientes internados em unidade de terapia intensiva com histórico de intoxicação exógena, sendo as mesmas pré-caracterizadas pelo profissional da unidade responsável pelos atendimentos. Somente casos confirmados foram incluídos na avaliação. Resultados: A maioria das intoxicações exógenas ocorreu em homens com idades próximas aos 40 anos. A substância mais observada foi a varfarina, todavia, não em busca do autoextermínio, mas sim por uso inadvertido. Conclusão: A despeito do fato de que apenas uma minoria dos pacientes evoluiu para óbito, deve-se destacar que as tentativas de suicídio fazem parte do nosso cotidiano, especialmente em tempos difíceis como a pandemia de COVID-19, que se estende desde março de 2020 até a atualidade. Nesse sentido, além de preparo institucional e da equipe multiprofissional para atender estes casos, são necessárias ações no âmbito social, visando reduzir o número de tentativas de autoextermínio, que ainda se mantém elevadas em nosso país. Concluiu-se também que apesar da varfarina ser a substancia mais encontrada, são várias substancias que podem causar intoxicações. Deve-se lembrar a importância do profissional farmacêutico e do uso seguro de medicamentos.