TOXOPLASMOSE CONGÊNITA: PESPECTIVA DE PUÉRPERAS ATENDIDAS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SÃO FRANCISCO DE ASSIS – BRAGANÇA PAULISTA
DOI:
https://doi.org/10.24933/e-usf.v7i1.298Palabras clave:
toxoplasmose congenita, pré-natal, políticas públicasResumen
A toxoplasmose é uma doença causada pelo Toxoplasma gondii, que envolve sequelas graves. No Brasil, é considerada uma doença prevalente, porém, as políticas públicas, não são obrigatórias, aplicadas de formas diferentes em cada região do país. Ainda hoje, muitas gestantes não realizam o pré-natal adequadamente e se infectadas, a transmissão ao feto pode ocorrer sem identificação, gerando um diagnóstico tardio, afetando o tratamento medicamentoso do recém-nascido e agravo das sequelas. Este estudo objetivou sensibilizar as puérperas que não realizaram um pré-natal adequado, a entenderem a importância do tratamento da doença para a mesma e seu filho, além de praticarem estratégias eficazes para prevenção da contaminação. O estudo foi realizado no Hospital Universitário São Francisco de Assis, reuniu 25 participantes, que responderam um questionário contendo perguntas abertas e fechadas direcionado à prevenção, tratamento e transmissão da doença. Os resultados da pesquisa foram expostos de modo descritivo. Ao analisar o grau de conhecimento das entrevistadas constatou-se que 72% não conheciam a doença e 88% não receberam qualquer orientação profissional sobre as peculiaridades da mesma. Quando questionadas sobre as complicações que podem ocorrer com a transmissão, 12% que conheciam a doença citaram o mesmo exemplo: ‘’cegueira’’, desconhecendo o comprometimento a outros órgãos. Assim, evidenciou-se a necessidade da aplicação de estratégias em educação em saúde na região, incluindo a introdução no serviço terciário, com enfoque no atendimento farmacêutico especializado para toxoplasmose congênita, tendo em vista as lacunas presentes na atenção básica.
Descargas
Citas
BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Legislação do SUS. CONASS, Brasília, 2003.
BRASIL. Ministério da Saúde. Acolhimento nas práticas de produção de saúde. 2. ed. Brasília, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Cadernos de Atenção Básica, n° 32. Brasília: Editora do Ministério da Saúde. 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gestação de alto risco: manual técnico. ed. 5.: Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010. p. 115-118.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual AIDPI neonatal. ed. 3.: Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012. p. 35-86.
BRASIL. Ministério da Saúde. Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2000.
CARELLOS, E. V. M.; ANDRADE, G. M. G.; AGUIAR, R. A. L. P. Avaliação da aplicação do protocolo de triagem pré-natal para toxoplasmose em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil: estudo transversal em puérperas de duas maternidades. Caderno de Saúde Pública. v. 24, n. 2, p. 391-401, fev, 2008.
COVRE, K. da C. Frequência de resultados positivos para Toxoplasma gondii em exames sorológicos realizados em cães e gatos na região metropolitana de Vitória, Espirito Santo, Brasil. 2014. 67 p. Dissertação (Mestrado em Doenças Infecciosas) – Universidade Federal do Espirito Santo, Centro de Ciências da Saúde, Vitória, 2014.
CURITIBA. Secretaria Municipal de Saúde. Pré-natal e puerpério na Atenção Primária. Curitiba; 2021.
DI MARIO, S.; BASEVI, V.; GAGLIOTTI, C.; SPETTOLI, D.; GORI, G.; D'AMICO, R.; MAGRINI, N. Prenatal education for congenital toxoplasmosis (Review). Cochrane Database of Systematic Reviews. New Jersey, n. 10, mai, 2015.
DUBEY, J. P.; NAVARRO, I. T.; SREEKUMAR, C.; DAHL, E.; FREIRE, R. L.; KAWABATA, H. H.; VIANNA, M. C.B.; KWOK, O. C.H.; SHEN, S. K.; THULLIEZ, P.; LEHMANN, T. Toxoplasma gondii infections in cats from Paraná, Brazil: Seroprevalence, Tissue distribution, and biologic and genetic characterization of isolates. Jornal of Parasitology. v. 90, n.4, p. 721-726, ago, 2004.
DUBEY, J.P.; LAGO, E.G.; GENNARI, S.M.; SU, C.; JONES, J.L.; Toxoplasmosis in humans and animals in Brazil: high prevalence, hih burden of disease, and epidemiology. Parasitology. London, v. 139, p. 11, p. 1375-1424, jul, 2012.
FOULON, W.; VILLENA, I.; STRAY-PEDERSEN, B.; DECOSTER, A.; LAPPALAINEN, M.; PINON, J. M.; JENUM, P. A.; HEDMAN, K.; NAESSENS, A. Treatment of toxoplasmosis during pregnancy: a multicenter study of impact on fetal transmission and children s sequelae at age 1 year. Am J of Obstet Gynecol. Brussels, v. 180, n. 21, p. 410-415, out, 1999.
GRAS, L.; GILBERT, R. E.; ADES, A. E.; DUNN, D. T. Effect of prenatal treatment on the risk of intracranial and ocular lesions in children with congenital toxoplasmosis. International Journal of Epidemiology. London, v. 30, n. 6, p. 1309-1313, mai, 2001.
JOHNSON, K. E.; WEISMAN L. E.; EDWARDS M. S.; TORCHIA M. M. Overview of TORCH infections. Philadelphia, Elsevier Saunder, 2012. Disponível em: <http://www.uptodate.com/online/content/topic.do?topicKey=pedi_id/25219&selectedTitle= 2~150&source=search_result >. Acesso em: 28 out. 2021.
LAGO, E. G.; NETO, E. C.; MELAMED, J.; RUCKS, A. P.; PRESOTTO, C.; COELHO, J. C.; PARISE, C.; VARGAS, P. R.; GOLDBECK, A. S.; FIORI, R. M. Congenital toxoplasmosis: late pregnancy infections detected by neonatal screening and maternal serological testing at delivery. Paediatr Perinat Epidemiol. Porto Alegre, v. 21, n. 6, p 525-531, 2007.
LOGAR, J.; PETROVEC, M.; NOVAK-ANTOLIČ, Ž.; PREMRU-SRŠEN, T.; ČIŽMAN, M.; ARNEŽ, M.; KRAUT, A. Prevention of congenital toxoplasmosis in Slovenia by serological screening of pregnant woman. Scand J Infect Dis, Slovenia, v. 34, n. 3, p. 201-204, out, 2002.
LOPES-MORI, F. M. R.; MITSUKA-BREGANÓ, R.; CAPOBIANGO, J. D.; INOUE, I. T.; REICHE, E. M. V.; MORIMOTO, H. K.; CASELLA, A. M. B.; BITTENCOURT, L. H. F. DE B.; FREIRE, R. L.; NAVARRO, I. T. Programas de controle da toxoplasmose congênita. Rev Assoc Med Bras. Londrina, v. 57, n. 5, p. 594-599, jun, 2011.
MALDONADO, Y. A.; READ, J. S.; BYINGTON, C. L.; BARNETT, E. D.; DAVIES, H. D.; EDWARDS, K. M.; LYNFIELD, R.; MUNOZ, F. M.; NOLT, D.; NYQUIST, A. C.; RATHORE, M. H.; SAWYER, M. H.; STEINBACH, W. J.; TAN, T. Q.; ZAOUTIS, T. E. Diagnosis, treatment, and prevention of congenital toxoplasmosis in the United States. Pediatrics. Illinois, v. 139, n. 2, fev, 2017.
MALDONADO, Y. A.; NIZET, V.; KLEIN, O. J.; REMINGTON, S. J.; WILSON, B. C. Current Concepts of Infections of the Fetus and Newborn Infant. Elsevier Saunders, Philadelphia, v. 8, dez, 2015.
MIRANDA, M. M. S.; SOUZA, L. M. G.; AGUIAR, R. L. P.; CORRÊA JR. M. D.; MAIA, M. M. M.; BORGES, R. DOS S.; MELO, V. H. Rastreamento das infecções perinatais na gravidez: realizar ou não? Femina, Belo Horizonte, v.40, n.1, 2012.
MITSUKA-BREGANÓ, R.; LOPES-MORI, F. M. R.; NAVARRO, I. T. Toxoplasmose adquirida na gestação e congênita: vigilância em saúde, diagnóstico, tratamento e condutas. EDUEL, Londrina, p. 76, nov, 2010
MONTOYA, J.G.; REMINGTON, J. S.; Management of Toxoplasma gondii infection during pregnancy. Clinical Infectious Diseases. California, v. 47., n. 4, p. 554-566, ago, 2008.
NETO, E. C.; RUBIN, R.; SCHULTE, J.; GIUGLIANI, R. Newborn screening for congenital infectious diseases. Emerging Infectious Diseases, Porto Alegre, v. 10, n. 6, p. 1069-1073, jun, 2004.
NORMAN, A. H.; TESSER, C. D. Prevenção quaternária na atenção primária à saúde: uma necessidade do Sistema Único de Saúde. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n. 9, p. 2012-2020, set, 2009.
PETERSSON, K. K.; STRAY-PEDERSEN, B.; MALM, G.; FORSGREN, M.; EVENGARD, B. Seroprevalence of Toxoplasma gondii among pregnant women in Sweden. Acta Obstet Gynecol Scand, Sweden, v. 79. n. 10, mai, 2000.
PEYRON, F.; L’OLLIVIER, C.; MANDELBROT, L.; WALLON, M.; PIARROUX, R.; KIEFFER, F.; HADJADJ, E.; PARIS, L.; GARCIA-MERIC, P. Maternal and gongenital toxoplasmosis: Diagnosis and treatment recommendations of a French multidisciplinar working group. Pathogens, France, v. 24, n. 8, p. 1-15, fev, 2019.
TENTER, A. M.; HECKERROTH, A. R.; WEISS, L.M. Toxoplasma gondii: from animals to tissue distribution, and biologic and genetic characterization of isolates. Journal of toxoplasmosis-the implications for testing in pregnancy. International Journal for Parasitology, Australian, v. 31, n. 2, p. 217-220, fev 2001.
VASCONCELOS-SANTOS, D. V.; MACHADO, A. D. O.; CAMPOS, W. R.; ORÉFICE, F.; QUEIROZ-ANDRADE, G. M.; CARELLOS, E. V. M.; CASTRO, R. R. M.; JANUÁRIO, J. N.; RESENDE, L. M.; MARTINS-FILHO, O. A.; DE AGUIAR, V. C. A. C.; ALMEIDA, V. R. W.; CAIAFFA, W. T. Congenital toxoplasmosis in southeartern Brazil: results of early ophthalmologic examination of a large cohort of neonates. Ophthalmology. Belo Horizonte v. 116, n. 11, p. 2199-2205, nov, 2009.
VILLENA, I.; ANCELLE, T.; DELMAS, C.; GARCIA, P.; BRÉZIN, A. P.; THULLIEZ, P.; WALLON, M.; KING, L.; GOULET, V. Congenital toxoplasmosis in France in 2007: first results from a national surveillance system. Eurosurveillance, Paris, v. 15, n. 25, p. 1-6, jun, 2010.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais, separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).