ANÁLISE DA ADSORÇÃO DE DICLOFENACO SÓDICO NA ÁGUA PELA CASCA DE BANANA COM AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE UTILIZANDO A ESPÉCIE DE ALFACE LACTUCA SATIVA (PLANTAE, MAGNOLIOPHYTA)

Resumo

A contaminação das águas por compostos químicos complexos, tais como os fármacos têm causado grande preocupação entre os ambientalistas, devido à sua elevada persistência em meio aquoso e por não serem removidos de forma eficiente por sistemas convencionais de tratamento de água. Desse modo, este estudo buscou avaliar o potencial da casca de banana na remoção do fármaco diclofenaco sódico na água através do processo de bioadsorção. Para tanto, foi avaliada a toxicidade do fármaco através de dois ensaios de fitotoxicidade utilizando como organismo-teste sementes de Lactuca sativa (alface), onde os parâmetros avaliados foram o número de sementes germinadas e o crescimento das radículas, sendo que tais bioensaios foram realizados antes e depois dos testes de bioadsorção. Além disso, foi realizado a análise de DQO das amostras estudadas. Foram testadas duas amostras de água (CB1 e CB2) contendo diclofenaco na concentração inicial de 0,375 g/l com o bioadsorvente casca de banana em diferentes quantidades, (m = 0,5 e 1,0 g), respectivamente, através da agitação das amostras e posterior filtração à vácuo. A partir dos resultados obtidos, foi possível verificar que o fármaco analisado pode causar efeitos negativos ao crescimento das radículas e germinação das sementes de alface a partir de uma concentração de 0,375 g/l. Entretanto, constatou-se um aumento significativo no crescimento (88,7% e 89,2%) e germinação (8,7% e 12,5%) das radículas com as amostras tratadas (CB1 e CB2). Ademais, houve aumento significativo da DQO das amostras tratadas em relação as amostras brutas. Concluiu-se que, são necessários estudos mais aprofundados acerca da redução da toxicidade e do potencial de remoção do diclofenaco sódico na água através do bioadsorvente casca de banana em um processo de bioadsorção.